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Apartamento do horror |Família é condenada por maus-tratos a animais




Um apartamento de horror! Essa foi a cena vivenciada pelos policiais quando abriram o imóvel localizado em Vila Velha há três anos após denuncia de vizinhos.

No local, foram encontrados vários gatos e cachorros mortos ou em quase óbito.


Apos as investigações e atuação do juriciário, três membros de uma família foram indiciados por maus-tratos a animais e estelionato em Vila Velha, que teria repercutido devido à morte de 11 animais, além da situação de calamidade dos cães vivos, sendo julgado pelo juiz Flávio Jabour Moulin, da 7ª Vara Criminal.

De acordo com o processo, a mãe, responsável por um abrigo de animais, junto com seu marido, também réu, pediu para que a filha ficasse temporariamente com alguns dos cachorros acolhidos em seu apartamento, devido à falta de espaço no abrigo.

No entanto, a dona do apartamento, que já tinha cinco gatos, teria sido acusada de maltratar os animais, após abandoná-los, sem água e comida, em um ambiente que foi encontrado pelas autoridades em condições insalubres.


Além disso, segundo testemunhas, os réus teriam anunciado uma “vaquinha” na página do abrigo em uma rede social, cujas arrecadações financeiras não teriam sido destinadas às despesas com os animais, tampouco para a compra de uma chácara, onde ficariam os cães, conforme informado aos doadores.

Nos autos, a filha da responsável pelo abrigo alegou que estava sofrendo perseguições do síndico do prédio em que residia. Ela também narrou que, por sentir pavor de ficar em seu apartamento, ficou um período fora e teria, segundo ela, começado a usar drogas.

O magistrado entendeu não haver provas suficientes de que a família teria obtido vantagem econômica em prejuízo alheio, absolvendo, por essa razão, os réus do crime de estelionato. “No caso em exame, não restou demonstrado que os réus realmente obtiveram vantagem econômica em prejuízo alheio. Aliás, algumas testemunhas inquiridas na fase instrutória esclareceram que os denunciados usavam parte dos recursos financeiros que arrecadavam por meio de doações para custear os gastos com os animais, como aluguel, ração, veterinário, dentre outros”, destacou o juiz.



Contudo, considerando a morte de cinco gatos, seis cachorros, além das más condições de desnutrição e debilidade em que os animais foram encontrados, o julgador condenou os acusados a três anos, dez meses e 20 dias de reclusão, além do pagamento de multa e proibição de guarda de animais pelo mesmo prazo.

"Para nós da sociedade civil, protetores, que amam os animais, fica uma lição: pesquisem sempre! Antes de fazer uma doação, fazer uma divulgação, busque informação. Precisamos também registrar que fomos nós, protetores de animais, que cobramos uma solução e que a justiça fosse feita. Não podemos nos calar diante a essa barbariedade e estamos sempre atentos. Qualquer sinal de maus tratos, denuncie!" comenta Sabrina Leonel, defensora das causas animais.




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