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Biólogo alerta: Fumacê em dias chuvosos é ineficaz

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Mesmo com chuvas intensas, o carro de fumacê foi visto circulando em Coqueiral de Itaparica, na última terça-feira, 3 de junho. A prática levantou dúvidas sobre sua eficiência no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.


O biólogo Daniel Motta, mestre em Biologia Animal e vice-presidente do CRBio-ES, explica que o fumacê não deve ser aplicado em dias chuvosos ou com ventos fortes, pois o inseticida perde sua eficácia rapidamente.


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"O princípio ativo do fumacê permanece no ar por no máximo 30 minutos. Em dias chuvosos, os mosquitos estão escondidos nas árvores e dentro das casas, então o veneno simplesmente se dispersa sem atingir os alvos", esclarece.



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Motta destaca que o fumacê é uma estratégia paliativa, utilizada apenas em situações emergenciais, como surtos da doença. O biólogo reforça que o método não interrompe o ciclo de reprodução do mosquito, tornando-se ineficaz no longo prazo.


"O fumacê mata os mosquitos adultos, mas não afeta os ovos e larvas. Se os criadouros não forem eliminados, em poucos dias a população volta a crescer", afirma.

Para um controle eficiente do Aedes aegypti, o especialista recomenda medidas como eliminação de recipientes com água parada, uso de larvicidas biológicos, instalação de telas de proteção e mobilização comunitária para monitoramento contínuo dos focos do mosquito.





Ainda em 2023, o VVemDia publicou um vídeo em que Motta já alertava sobre a baixa eficiência do fumacê, sugerindo ações mais eficazes e duradouras no combate ao vetor da dengue. "Se aplicado de maneira errada, o fumacê não apenas falha na sua função, mas representa um grande desperdício de dinheiro público", conclui.


O uso inadequado do fumacê levanta questionamentos sobre o manejo do programa de controle da dengue na cidade, reforçando a necessidade de uma abordagem técnica mais eficaz no combate ao mosquito.



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