Capixaba disputa vaga em missão espacial com pesquisa sobre doenças degenerativas

O jovem engenheiro de software Briant Moreira de Oliveira, conhecido como Elliot, está concorrendo a uma das seis vagas da missão espacial promovida pela SERA Space Agency, a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin. Naturalizado brasileiro e criado na Serra (ES), Elliot desenvolveu uma pesquisa inovadora que pode transformar o tratamento de doenças neuromusculares.

“Desde criança, sempre sonhei em ir para o espaço. Cresci em Laranjeiras, na Serra, filho de um pai caminhoneiro e de uma mãe dona de salão de beleza. Minha infância foi simples, mas marcada por uma curiosidade inquieta em desvendar os mistérios do universo. Na escola, nem sempre tive facilidade em aprender todas as matérias, mas foram os meus professores que despertaram em mim uma paixão pela ciência e me mostraram que o conhecimento poderia me levar além” revela Briant.

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A proposta, criada em parceria com o Instituto Geração de Marte e a Habitat Marte Analog Station, investiga os efeitos da microgravidade sobre músculos, ossos e conexões neuromusculares. O foco está em doenças como sarcopenia, osteoporose, esclerose lateral amiotrófica e caquexia do câncer. Seu objetivo é, no espaço, gerar dados que contribuam para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias que melhorem a qualidade de vida de milhões de pessoas.

📡 Experiência na NASA

Durante uma disciplina de Machine Learning, Briant participou de uma competição na plataforma Kaggle, usando dados do telescópio Kepler, e identificou 37 possíveis exoplanetas. O feito chamou a atenção da equipe da NASA Open Data, que confirmou as detecções.

Em 2018, foi convidado a estagiar no Johnson Space Center, em Houston, atuando na análise de dados para a Estação Espacial Internacional. Mais tarde, colaborou com o Jet Propulsion Laboratory, na Califórnia, na missão NISAR — parceria entre NASA e ISRO — desenvolvendo sistemas de processamento de dados para o satélite que hoje orbita a Terra com custo estimado em US$ 1,5 bilhão.

🧠 Ansiedade e propósito

A possibilidade de viajar ao espaço reacendeu a ansiedade da infância, agora acompanhada de propósito. “Minha meta sempre foi ajudar a ciência. Essa competição representa justamente isso: transformar curiosidade em conhecimento útil para a humanidade”, afirma Briant.

Ele destaca que a microgravidade não é apenas uma curiosidade espacial. “O que astronautas sofrem em meses no espaço, nós levamos anos para desenvolver aqui. Estudar isso de perto pode antecipar soluções para doenças ligadas a ossos, músculos e neurônios”.

Sobre sua trajetória, Briant relembra:

“Desde pequeno, eu queria entender como as coisas funcionavam e como eu poderia ajudar as pessoas. Eu era muito indisciplinado, chamava atenção demais. Tinha energia de sobra, não conseguia parado em sala de aula.”

Hoje, ele vê na missão uma chance de retribuir. “Quero trazer de volta para a Terra os resultados desse experimento, para ajudar o desenvolvimento de novas tecnologias, procedimentos terapêuticos e medicamentos que possam tratar doenças neuromusculares, gerando impacto real na ciência e na vida das pessoas”.

🤝 Como ajudar

O público pode apoiar diretamente a candidatura de Briant participando da votação na comunidade oficial da missão no Telegram: https://t.me/sera_mission_control_bot/app?startapp=4KHKUZF5.

Também é possível contribuir engajando nas postagens com a hashtag da competição, seguindo e interagindo com os conteúdos no Instagram e acompanhando sua jornada pelos canais oficiais.

O anúncio dos 18 finalistas será feito no fim de outubro.

“Cada participação é importante. Mais do que me ajudar, é uma forma de apoiar a ciência e mostrar que pessoas do Brasil, do nosso Estado, também podem chegar longe, até mesmo ao espaço”, conclui Briant.

Quem quiser acompanhar e apoiar sua iniciativa, é só acompanhar no Telegram: https://t.me/sera_mission_control_bot/app?startapp=4KHKUZF5

No Instagram, seu perfil é @the_social_hacker.

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