Espetáculo de dança abre vagas remuneradas para elenco e auxiliar de direção
- Redação

- há 4 horas
- 3 min de leitura

O espetáculo Célula, de dança contemporânea, está com cinco vagas abertas para composição do corpo cênico (intérpretes-criadores) e uma para atuar como auxiliar de direção. Os selecionados para as vagas de intérprete receberão um cachê de R$ 3 mil. O auxiliar de direção, R$ 2 mil. As inscrições podem ser feitas até 15 de dezembro, no link.
Para se inscrever não é preciso ter formação prévia em dança, sendo importante disponibilidade, curiosidade e abertura para o processo coletivo. Como forma de valorizar a diversidade e a inclusão, serão priorizadas pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+, gordas, com deficiência e as que têm mais de 45 anos. Os selecionados participarão de formações e encontros de criação do projeto, voltado à investigação de práticas anticoloniais nas artes da cena.
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Célula é um espetáculo de dança contemporânea que investiga o corpo em colapso e regeneração, trazendo a reflexão de que em um mundo onde as pessoas nascem moldadas e crescem tentando se encaixar, a busca pelo que é essencial torna-se uma batalha contra a sociedade, mas também contra si mesmo.
A pesquisa parte do conceito de corpo dócil, de Michel Foucault, que é um corpo moldado, vigiado e disciplinado pela sociedade. Parte também do conceito de Antonin Artaud, de corpo sem órgãos, que se rebela contra toda estrutura, que dissolve suas funções e se reinventa a partir do desejo. O corpo dócil, vigiado e disciplinado, começa a se fragmentar. A desordem, por sua vez, abre espaço para o renascimento de um corpo sem órgãos — livre, pulsante e imprevisível.
A proposta de Célula é uma dança de mutações: corpos que morrem para renascer, que se dividem para multiplicar, que se dissolvem para encontrar o próprio centro. O processo criativo será estruturado como um laboratório de pesquisa em dança contemporânea, articulando práticas corporais, estudos teóricos e experimentações cênicas. O ambiente de criação será pautado pela escuta e pela colaboração, reconhecendo em cada participante um território singular de investigação e expressão.
A proposta de Célula é uma dança de mutações: corpos que morrem para renascer, que se dividem para multiplicar, que se dissolvem para encontrar o próprio centro. O processo criativo será estruturado como um laboratório de pesquisa em dança contemporânea, articulando práticas corporais, estudos teóricos e experimentações cênicas. O ambiente de criação será pautado pela escuta e pela colaboração, reconhecendo em cada participante um território singular de investigação e expressão.
A direção cênica de Célula será feita por Endi, pesquisadora em dança, artista multimídia e produtora cultural, atuante na criação de obras que atravessam corpo, dança e audiovisual. Capixaba de Vitória e pessoa com deficiência (visão monocular), desenvolve desde 2016 uma investigação centrada no corpo como campo de fricção entre opressão, libertação e imaginário, dialogando com temas como performatividade, subjetividade, dissidências, espiritualidade e futuridades.
Formada em Dança Contemporânea pela FAFI e com uma passagem pelo curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é diretora, roteirista e performer em mais de quinze obras, técnica em Modelagem do Vestuário, formada pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Vasco Coutinho, e acumula formações em figurino, roteiro, videodança e processos de criação.
Sua pesquisa se materializa em obras que tensionam corpo, política e poética, criando experiências sensoriais que investigam limites, fragilidades, rupturas e metamorfoses. A montagem do espetáculo está sendo possível por meio do edital 10/2023 – Artes Cênicas – da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), com recursos do Funcultura.







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