Em Dia com Douglas Dantas | Liberdade x improbidade: dinheiro público pra cabo eleitoral?

Foi dada a largada para as eleições 2022.

Ao abrir nossas redes sociais, o que mais se vê são fotos, postagens diversas, enaltecendo algum candidato.

Nada mais justo em uma democracia, desde que as postagens não sejam mentirosas e caluniosas, cada um tem o direito de manifestar seu apoio ao candidato que quiser.

No entanto, seria ético e moral servidores públicos comissionados, que são considerados cargos de confiança e de livre nomeação, utilizarem de sua influência para enaltecer e propagar campanhas de seus políticos que muitas das vezes foram esses que os colocaram na administração pública?

Ou seja, na prática, esses comissionados recebem salários pagos pelos contribuintes para serem "cabos eleitorais".

Há ainda casos mais graves de servidores estarem atuando nas campanhas de seus "chefes" durante horário de expediente.

Recebemos denúncia de um comissionados que ganha 6 mil/mês na PMVV e tem circulado "tranquilamente" com o seu chefe, agora candidato a deputado.

O Ministério Público precisa agir pra garantir lisura e o devido resguardo do dinheiro público.

Cabe ao eleitor ser crítico e avaliar seu candidato, avaliando se os funcionários desses estariam fazendo campanha indevidamenre, além de analisar sua vida pública e suas propostas.

Nesse quesito, faz-se necessário uma discussão de uma educação que possa fazer com que estudantes se tornem eleitores conscientes e críticos. Que possam ir além dos memes e posts que muitas vezes são fakes e enganosos.

*Douglas Dantas, jornalista, diretor da Fenaj e Sindijornalistas. Atua há 20 anos no jornalismo capixaba.

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