Caso Itiberê: 25 anos do crime que chocou o Espírito Santo
- Redação
- há 6 dias
- 2 min de leitura

No dia 6 de maio de 2000, Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado cometeu um dos crimes mais brutais da história do Espírito Santo. O comerciante assassinou os próprios filhos, Marcos Itiberê Filho, de 9 anos, e Gabriela Colnago, de 7, concretando seus corpos dentro de um guarda-roupas em seu apartamento no Centro de Vila Velha.
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Um crime premeditado
Na manhã de 3 de maio de 2000, Jânia Carla Colnago se despediu dos filhos quando eles embarcavam para a escola. Três dias depois, o pai os sequestrou, isolou-os em casa e, a sangue frio, atirou contra as crianças enquanto brincavam, utilizando um travesseiro para abafar o som dos disparos. Ele dormiu por mais quatro dias no apartamento onde os corpos estavam. Para ocultar o crime, enrolou os corpos em um colchão, concretando-os dentro de um guarda-roupas.
O assassinato foi cometido uma semana após a separação de Itiberê e Jânia, motivado por vingança contra a ex-esposa.
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Descoberta no Dia das Mães
O crime foi descoberto no Dia das Mães, 14 de maio de 2000, quando o próprio pai do assassino encontrou os corpos e os retirou do apartamento. Em entrevista concedida em 2016, Jânia afirmou que a revelação na data especial foi premeditada por Itiberê, que queria aumentar ainda mais o sofrimento da família.
"Ele me matou também. Como não conseguiu me matar diretamente, matou as crianças para me destruir."
Violência e histórico de ameaças
Antes do crime, o relacionamento do casal era marcado por violência doméstica e ameaças. Jânia revelou que Itiberê frequentemente a intimidava com armas, chegando a acordá-la com um revólver ou uma faca no pescoço.
Além de matar os filhos, ele já havia cometido um outro homicídio em 1999, assassinando Marco Antônio Pedrini, ex-marido de Jânia.
A fuga da prisão
Condenado a 51 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, Itiberê fugiu do Instituto de Readaptação Social (IRS) em agosto de 2011, serrando as grades da cela e escapando com lençóis amarrados. Em 2017, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) negou sua progressão de pena, alegando periculosidade, transtorno bipolar e comportamento manipulador na prisão.
Sem possibilidade de liberdade
Atualmente, Itiberê cumpre pena em regime fechado na Penitenciária de Segurança Média 2 (PSME), em Viana. De acordo com a Secretaria da Justiça (Sejus), ele participa do programa de ressocialização, com acesso à educação, trabalho e leitura. O TJES afirmou que não há hipótese de libertação em 2025, devido à gravidade dos crimes.
O caso segue como um dos crimes mais marcantes do Espírito Santo, refletindo sobre violência familiar, saúde mental e justiça.
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